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#40 MAR/2023

"[...] Nem toda feiticeira é corcunda
Nem toda brasileira é bunda
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem".

 

Pagu - Rita Lee (Part. Zélia Duncan)

🔍 Curiosidades
Você conhece a história do Dia Internacional da Mulher?
 
Na verdade, essa história não é uma só, mas podemos contá-la por 3 momentos, mas que carregam o mesmo início: diferentes grupos de mulheres operárias que se uniram e passaram a reivindicar melhores condições de trabalho.

A alemã Clara Zetkin, nome essencial para a data, levou a discussão sobre a situação feminina para dentro do movimento sindicalista e socialista. Em 1891, criou "A Igualdade", uma revista escrita por mulheres e para as trabalhadoras. Juntamente com outra ativista, Alexandra Kollontai, propuseram uma jornada anual de manifestação pelo direito ao voto para as mulheres e melhores condições laborais.

Nos Estados Unidos, em 1909, cerca de 15 mil mulheres fizeram uma greve para protestar pelas condições precárias de trabalho. Um marco importante para a história da data foi o incêndio que ocorreu em uma fábrica em Nova Iorque no dia 25 de março de 1911, que matou 125 mulheres e 21 homens. Após a tragédia, o movimento trabalhista dos EUA se fortaleceu.

Já na Rússia, em 1917, um grupo de operárias protestou nas ruas de São Petersburgo contra a fome e a Primeira Guerra mundial. O movimento então foi nomeado de "Pão e Paz". O dia 8 de março foi datado a partir desse evento mas, somente 58 anos depois, em 1975 que a ONU de fato decretou a data como Dia Internacional da Mulher.

Importante mencionar um ícone no ativismo feminino no Brasil: Bertha Lutz, pioneira na luta de direitos políticos para mulheres brasileiras. A ativista propôs mudanças na legislação trabalhista das mulheres, visando igualdade salarial, licença maternidade e diminuição da carga horária e deu início à luta pelo direito ao voto.

Parabéns para todas as mulheres, por serem todo dia quem são!
❤️
🌹Mulheres que pensam o Rio 
Marielle Franco 
 
A vereadora Marielle Franco é um importante símbolo de resistência e ativismo feminino: uma mulher, negra, lésbica e periférica que lutou durante toda sua vida pela justiça social e pelos direitos das mulheres do Rio de Janeiro. 

Nascida e criada na comunidade da Maré, localizada na Zona Norte do Rio, Marielle viveu na pele a violência e o preconceito. Apesar de ter engravidado ainda jovem aos 19 anos, ela nunca desistiu de estudar e lutar pelo seu lugar no mundo. Socióloga e mestre em Administração, Marielle entra na vida política após perder uma grande amiga para a bala perdida. A vereadora foi brutalmente assassinada no ano de 2018 e. desde então. sua família luta na justiça para descobrir quem mandou matar Marielle. 

Que neste mês tão simbólico para a luta dos direitos civis das mulheres, lembremos de Marielle e sua resistência. Marielle, presente! 
Elza Soares
 
Elza Soares da Conceição foi uma grande cantora e compositora brasileira, considerada um dos maiores nomes da MPB. Elza recebeu o título de "A Melhor Cantora do Universo", pela BBC, no ano 2000 em Londres. Famosa pela voz rouca, Elza Soares foi um dos maiores nomes da música popular brasileira e um grande símbolo de resistência feminista. 

A artista se tornou um símbolo de resistência à violência doméstica, preconceitos raciais, sociais, além de seu posicionamento político em prol da liberdade de expressão e da democracia; Elza também enfrentou perseguições pelo DOPS durante o período de ditadura no Brasil..

Por esses e outros motivos, Elza ainda em vida se tornou inspiração para diversas homenagens de outros artistas da música e até para enredos de Carnaval, como "Elza Deusa Soares”, da Mocidade Independente de Padre Miguel (2020).
 
Rafa Mon
 
A muralista e ativista Rafa Mon tem seus grafites espalhados pelo Rio. Sua influência é enorme e chegou a ter sua arte nas paredes de Botafogo ao Boulevard Olímpico, passando por Santa Teresa, onde mora e tem seu ateliê.

Ao ser questionada se existe machismo no muralismo, a grafiteira declarou: “ele se manifesta tanto para deslegitimar o nosso trabalho, dizendo que uma mulher está copiando um homem, ou nos vetando de eventos e festivais. Melhorou um pouco, porque atualmente as pessoas pelo menos têm vergonha e estão procurando se informar. Mas é uma cena que vem da rua e do hip hop, que é um ambiente patriarcal. Só agora as mulheres estão começando a ser protagonistas.”

Rafa segue alegrando os ambientes da cidade com sua arte e sendo protagonista da sua história.
Rafaela Silva

A história da judoca Rafaela Silva é emocionante. Ela é a única atleta de judô brasileira a obter título mundial e olímpico, uma referência no esporte, trazendo visibilidade ao judô. Nascida e criada na Cidade de Deus, a esportista conta que encontrou no judô uma forma de parar de brigar, quando seus pais a apresentaram para o “Projeto Reação”, criado pelo medalhista olímpico Flávio Canto, com o objetivo de incentivar crianças da comunidade a praticarem esporte. Rafaela afirma: “no judô encontrei disciplina, passei a respeitar os outros e comecei a levar o esporte a sério. O judô me mostrou o mundo! Com os recursos que ganho garanto meu sustento e ajudo a minha família a pagar as contas.”
Clarice Lispector 
 
A escritora é um dos maiores nomes da literatura brasileira. Com seu estilo inovador e com sua linguagem altamente poética, suas obras se destacam.

Clarice é conhecida por seus textos profundos e por seu jeito único de utilizar a fragmentação e a metalinguagem em seus escritos. Seus textos intimistas inspiraram diversas mulheres ao longo do tempo e até hoje ela é uma referência, em uma época que os folhetins e poemas eram escritos por homens. 

Apesar de não ser carioca de nascença, Clarice era apaixonada pela cidade do Rio. Em março, a escritora Teresa Monteiro lançou o livro "O Rio de Clarice: passeio afetivo pela cidade", que traz um roteiro detalhado dos principais pontos da cidade do Rio de Janeiro, pelos quais a icônica romancista era apaixonada. 

📚 Leitura do Mês

Like a Medusa ou a performatividade em Madonna
 
O artigo "Like a Medusa ou a performatividade em Madonna", escrito pelas pesquisadoras Cíntia Sanmartin Fernandes e Patricia da Gloria Gomes, apresenta diversos argumentos e narrações que nos levam a compreender a proximidade de alguns aspectos do mito da Medusa com a vida de Madonna.
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🧑🏿‍🤝‍🧑🏻O imaginaRIO é uma realização do Laboratório de Comunicação, Cidade e Consumo (Lacon/UERJ). O boletim tem a proposta de monitorar e divulgar as principais notícias, eventos culturais e publicações sobre as temáticas do consumo, dos megaeventos e da cidade, com foco no Rio de Janeiro.

Equipe: Ricardo Freitas (coordenador), Vania Fortuna (sub-coordenadora), Maria Helena Carmo, Frederico Augusto, Rafael Nacif, Giovanna Garcia, Manuela Howat, Palloma Miranda e Thaís Nazaria.
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