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#41 ABR/2023

Rio de Janeiro, Fevereiro, Março...
Comida di Buteco

O "Comida di Buteco" surgiu em Belo Horizonte, como um projeto da hoje extinta “Rádio Geraes”, com o lema “Transformar vidas através da cozinha de raiz - buteco extensão de sua casa”. 

A primeira edição foi em 2000 e contou com a participação de 10 bares, mas, desde o início, o evento ganhou muita atenção do público e dos críticos. Em 2008, o Rio de Janeiro se tornou um dos circuitos do concurso e, em 2016, o Comida di Buteco se consolidou como um evento nacional: os campeões de cada cidade competem para o título de Melhor Buteco do Brasil.

Em 2023, o tema do concurso são ervas e especiarias - são elas que ajudam a trazer o tempero incomparável que a comida brasileira tem! O valor dos pratos é de 30 reais. Serão 24 circuitos por todo Brasil, totalizando 946 botecos! No Rio, estão participando 132 botecos espalhados pela cidade e com os mais variados pratos na competição.

O Comida di Buteco com certeza é um evento marcante para os cariocas. É a programação perfeita para o final de semana: comer uma comida boa e beber uma bebida gelada! O concurso mobiliza a circulação na cidade, além de promover e incentivar a cultura e a culinária do país. Para mais informações sobre os butecos participantes no Rio, é só clicar aqui.
 
Rio entre Esquinas
Polo Gastronômico de Vista Alegre
(foto retirada do site)

Ainda no clima de comida boa, a indicação do Rio entre esquinas de abril é o Polo Gastronômico de Vista Alegre. O bairro, localizado na zona norte, sempre foi conhecido por sua vida noturna e seus bares desde a década de 80, o que ajudou com a procura e investimentos privados de interessados em aproveitar essa característica do bairro. Vista Alegre foi erguido em 1954 e sua população original era predominantemente imigrantes europeus.

A Avenida Braz de Pina, onde se encontra o Polo Gastronômico, comporta mais de 20 restaurantes e bares como o Bar do Adão, o Gigante Nordestino, o Espetto Carioca dentre muitos outros! Segundo os organizadores do Polo, a missão do local é valorizar a zona norte do Rio por meio da cultura e identidade gastronômica presentes no subúrbio, trazendo para lá desenvolvimento, emprego e mobilidade social. Vale a pena conferir!
Personagem da Gema
Tia Surica
(foto retirada do Instagram da Tia Surica)
 
Em abril a Portela, tradicional escola de samba carioca, completa cem anos. A escola reúne, ao longo da sua história, diversos símbolos do carnaval, entre eles Iranette Ferreira Barcellos, popularmente conhecida como Tia Surica, que desfila desde os quatro anos e faz parte da construção da identidade portelense. Presidenta de Honra da Portela e ícone do samba carioca, recebeu da Prefeitura do Rio de Janeiro a medalha da Ordem do Mérito Cultural Carioca, condecoração cultural mais alta do município nessa área. 

Muito querida pela comunidade, Tia Surica é dona de uma das feijoadas mais conhecidas da cidade. A feijoada da Tia Surica, servida há 19 anos, virou até Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro em 2021. A receita está disponível on-line, mas o bom mesmo é experimentar a original!

Leitura do Mês

Moda e cidade: Uma identificação de estilos nas zonas atmosféricas urbanas

O artigo “Moda e cidade: Uma identificação de estilos nas zonas atmosféricas urbanas”, de Fabio La Rocca, busca identificar os processos de estetização que caracterizam a vida social na cidade, mostrando a relação corpo-moda-espaço urbano. O autor fala sobre como a realidade que buscamos entender é muito vasta e que, através da teoria abrangente, questionamos a forma na qual o homem experimenta o mundo por meio de ações representadas pelas estéticas do corpo e pela moda presentes na cidade. Na obra, La Rocca ressalta que a realidade social deve ser pensada a partir da “valorização estética da vida e da variedade estilística plural dos corpos e lugares e das conexões que são geradas nas atmosferas urbanas”. 

* Fabio La Rocca palestrará na Conferência Magna da XVII edição do Congresso Abrapcorp no dia 10 de maio às 18h. 
 
 
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ImaginaRio Entrevista
Adelaide Chao
 
Adelaide Chao é Doutora em Comunicação pela Uerj e pesquisadora dos temas cultura, consumo e cidade. Atualmente é professora na Universidade Estácio de Sá nos cursos de Publicidade, Jornalismo e Cinema e professora auxiliar da Universidade do Estado do Rio de Janeiro nos cursos de Relações Públicas, Jornalismo e Turismo.

ImaginaRio: Qual sua relação com a cidade do Rio? 
Adelaide Chao: Moro no Rio de Janeiro há mais de 20 anos e sempre fui muito curiosa em observar o que os espaços da cidade podem nos oferecer em termos de educação, cultura e entretenimento que se transformam em oportunidades. Em 2013, cursando o mestrado em Comunicação, me debrucei sobre a região da grande Madureira para desvelar as relações entre a comida e a cultura do samba . As transformações do bairro de Oswaldo Cruz e Madureira, os quitutes das tias em momentos de celebração, os eventos frequentes de música podem impulsionar a economia do entorno.
Entre 2013 e 2015, pesquisei - diga-se de passagem, um tema literalmente delicioso: a Feira das Yabás. Uma feira gastronômica que acontece todo segundo domingo do mês na Praça Paulo da Portela, em Oswaldo Cruz, subúrbio carioca e é composta por 16 barracas das famosas tias quituteiras da região. São mulheres que apresentam uma relação de parentalidade com ícones da identidade cultural brasileira. De quem eu estou falando? Das netas de Clementina de Jesus, da filha de mestre Candeia, de tia Surica, da viúva do poeta Luiz Carlos da Vila, da filha do peixeiro granfino mais famoso de Madureira e tantas outras que fazem a cultura cotidiana do lugar. Pessoas comuns que propagam a imagem da cidade para o mundo.
Em 2016, passei a investigar o que seria a tão falada Comida de Subúrbio, específica daquele lugar. 

ImaginaRio: Como a cidade aparece na sua pesquisa?
Adelaide Chao: O Rio de Janeiro foi capital do Império e da República e, por consequência, concentra uma diversidade gastronômica, não tendo um prato típico específico para chamar de seu. Através da história cultural da cidade, os hábitos culinários e a socialização provocada a partir das refeições, vimos que a comida de subúrbio impulsiona a economia criativa, as transformações sociais da região e as práticas culturais da cidade. O meu amor pela cidade do Rio de Janeiro e pela cultura do samba nasceram, assim como eu, na Bahia. A minha vivência com a culinária, os festejos dos quintais, as festas de rua, me aproximaram cada vez mais da cidade do Rio de Janeiro como inspiração para a pesquisa.
🧑🏿‍🤝‍🧑🏻O imaginaRIO é uma realização do Laboratório de Comunicação, Cidade e Consumo (Lacon/UERJ). O boletim tem a proposta de monitorar e divulgar as principais notícias, eventos culturais e publicações sobre as temáticas do consumo, dos megaeventos e da cidade, com foco no Rio de Janeiro.

Equipe: Ricardo Freitas (coordenador), Vania Fortuna (sub-coordenadora), Maria Helena Carmo, Frederico Augusto, Rafael Nacif, Carlos Matos, Manuela Howat, Palloma Miranda e Thaís Nazaria.
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📢 Gostaria de divulgar sua pesquisa, evento ou publicação sobre o Rio de Janeiro aqui no imaginaRIO? Envie um e-mail para laconuerj@gmail.com
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