31/10/19 | Ver no browser

Dominando a Transformação digital

OFERECIMENTO

Precisamos falar sobre transformação digital

Caras leitoras e leitores, vocês estão recebendo a primeira edição de uma newsletter quinzenal sobre transformação digital, que passa a ser parte da família The Shift.

Mas por que transformação digital? Porque já estamos em 2020 e a digitalização dos negócios é ainda uma jornada confusa para a maioria das empresas. "Muitos ainda a tratam como um martelo em busca de um prego", como bem observa a consultora Perry Hewitt, que é membro do hub Digital Initiative da Harvard Business School.

A newsletter quinzenal tem uma fórmula: agrega insights de transformadores (nesta edição é Ítalo Flamia), a coluna nova da Cristina De Luca e informações úteis para a virada da TI. E foi feita para ser lida em 8 minutos! Como a The Shift cresceu, você pode conferir e atualizar suas preferências nos links do rodapé. Boa leitura.

Cristina De Luca & Silvia Bassi

10 tecnologias estratégicas para 2020

Uma tendência tecnológica estratégica é, na definição do Gartner, aquela com potencial disruptivo que está deixando o status de emergente e começando a ser adotada de forma mais ampla e com maior impacto. Pode ser também uma tecnologia que está crescendo rapidamente com um alto grau de volatilidade, atingindo pontos críticos nos próximos cinco anos.

De uma forma ou de outra, é praxe da empresa de consultoria e pesquisa apresentar anualmente suas previsões para as 10 tecnologias estratégicas, e é isso que ela acabou de fazer durante o Gartner IT Symposium Expo, com foco em 2020.

A lista de tecnologias não veio sozinha. A companhia trouxe para a mesa os people-centric smart spaces (espaços inteligentes centrados em pessoas) que são, segundo a explicação de David Cearley, vice-presidente do Gartner, estruturas usadas para organizar e avaliar o impacto primário das tendências tecnológicas estratégicas de 2020. 

“Ao colocar as pessoas no centro da nossa estratégia tecnológica, destacamos um dos aspectos mais importantes da tecnologia: como ela impacta consumidores, colaboradores, funcionários, parceiros de negócio, a sociedade e outros grupos importantes... Um smart space centrado em pessoas é um espaço físico no qual pessoas e tecnologias interagem em ecossistemas cada vez mais abertos, conectados, coordenados e inteligentes”, explica Cearley.

Dito isso, seguem a 10 principais tendências tecnológicas estratégicas para 2020, segundo o Gartner, que levam em conta esse cenário de espaços inteligentes people-centric:

  • Hyperautomation (hiper-automação) - A combinação de aprendizado de máquina, pacotes de software e ferramentas de automação no trabalho, em áreas onde o ser humano está envolvido em uma tarefa;
     
  • Multiexperience (multiexperiências) - Plataformas conversacionais, realidade aumentada, realidade virtual e outras tecnologias que mudam a maneira como as pessoas interagem com o mundo digital, até atingir níveis sensoriais abrangentes;
     
  • Democratização do conhecimento - Proporcionar às pessoas acesso ao conhecimento técnico por meio de experiência simplificada sem treinamento dispendioso;
     
  • Human Augmentation (ampliação humana) - Tecnologias usadas para proporcionar melhorias cognitivas e físicas como parte da experiência humana. É a ideia do homem mais a máquina ao invés do homem versus a máquina;
     
  • Transparência, rastreabilidade - Um leque combinado de atitudes, ações e tecnologias para apoiar a ética e a privacidade digitais;
     
  • Computação de borda (empowered edge): atividades de processamento de informações e coleta de dados cada vez mais próximas das fontes para reduzir a latência;
     
  • Distributed Cloud (nuvem distribuída) - Serviços de nuvem pública distribuídos por diferentes locais mas com a governança e controle garantidos pelo fornecedor primário;
     
  • Coisas autônomas - Robôs, drones e veículos autônomos, navios e equipamentos exploram a IA para atuar onde antes atuavam os humanos;
     
  • Blockchain na prática - Com potencial de remodelar as indústrias, permitindo confiança, transparência e troca de valor entre os ecossistemas de negócios. Mas ainda com um certo grau de demora na consolidação;
     
  • Segurança da IA ​​- Novos desafios à medida que a IA e o aprendizado de máquina são aplicados para aumentar a capacidade humana de tomar decisões;
COLUNA DA CRISTINA DE LUCA

A transformação digital comanda o futuro

Modelos de negócios digitais, experiência do cliente e controle de custos lideram a agenda estratégica da TI para 2020. Leia

Insights: Ítalo Flamia

Abraçar a inovação requer coragem
 

Enxergar a ruptura e o contexto dela são questões vitais para qualquer empresa hoje.  Mas mudar a mentalidade de uma empresa tradicional para abraçar a inovação disruptiva é difícil. Nos últimos dez anos, ocupando cargos executivos da Porto Seguro, foi o que fez Ítalo Flammia, criador da aceleradora Oxigênio, da Porto Seguro

O executivo enxergou muito cedo que fazia todo sentido aproximar as startups da estratégia de inovação da companhia. Porque a inovação é um processo colaborativo. O executivo se dedica agora a ajudar outras empresas e executivos na implementação estratégica da inovação digital.

No episódio de lançamento do podcast da The Shift, Ítalo conversou sobre os indicadores de sucesso e armadilhas no meio do caminho. E uma parte da conversa abre os Insights desta edição.

Quais são as dificuldades de fazer a empresa enxergar o risco de disrupção?

Primeiro o sucesso que elas já conquistaram. Empresas com elevado padrão de excelência, que são líderes de mercado, tendem a se fechar e achar que não serão atingidas pela transformação digital.

Depois a questão da estrutura. Gestores mais tradicionais, mais resistentes à mudança, tendem a boicotar as iniciativas de inovação. No máximo o que eles fazem são evoluções incrementais que não mudam nada radicalmente, nem os modelos de negócio, nem os processos e nem os produtos da empresa.  

E também o conhecimento instalado na empresa. O mais crítico, a meu ver, não é conhecer as novas tecnologias e o que elas oferecem, ou os novo métodos ágeis. O mais crítico é escolher o que deve ser feito naquele caso, naquela empresa ou situação. Em geral você nunca vai conseguir fazer tudo. Você nunca vai ter recursos infinitos, dinheiro ou equipe...

"Tempo e atenção executiva são os recursos mais críticos hoje


O que funciona e o que não funciona nessa jornada de adequação da empresa aos novos modelos digitais?

O que funciona é, número um, patrocínio do CEO. Patrocínio do board. Se o CEO não tiver apetite para inovar e correr riscos, não vai funcionar. Outra questão que funciona é ter foco. O líder dessa jornada de mudança tem que ter uma agenda nobre para a inovação e a transformação digital. Não pode trabalhar com a transformação nas horas vagas. Ou quando sobra tempo, depois de cuidar do operacional. Porque o operacional é urgente e sempre acaba tomando todo o tempo do executivo

Outra coisa que funciona é a gestão da mudança. Inovar é um grande processo de mudança. Administrar os stakeholders, seus interesses, conhecer a estrutura de poderes, muitas vezes informal nas empresas, os indicadores que movem as pessoas e etc. Isso para mim é fundamental. 

Inovar tem mais a ver com gente do que com tecnologia. O que não funciona é isolar a equipe de inovação digital. Criar uma estrutura blindada do restante da operação. Aparentemente dá mais ritmo, mais autonomia, mas não muda o essencial, que é a cultura da empresa. É a mudança de cultura, no fim das contas, que vai fazer a diferença ao longo do tempo.

No que investem os gestores financeiros

Um estudo lançado recentemente pela 500 Startups revelou que entre os segmentos que mais investe em startups para evitar sofrer disrupção está o financeiro. As soluções Fintech estão sendo adotadas cada vez mais entre a população digitalmente ativa. O gráfico de hoje, baseado nos resultados de uma pesquisa da TD Ameritradmostra onde os investidores e gestores de patrimônio vêem a próxima onde de investimentos em Fintechs.  Outro dado relevante: a proporção de executivos que vêem a digitalização como essencial para a área de gestão financeira e de patrimônio saltou de apenas 25% em 2016 para 64% em 2019. A digitalização e automação de processos manuais foram uma mudança bem-vinda para muitos profissionais do setor.

Microsoft, o último JEDI

Em uma decisão surpreendente, segundo os analistas d mercado, o Departamento de Defesa dos EUA concedeu à Microsoft um contrato crucial de computação em nuvem deixando para trás a Amazon, considerada a favorita por ter vencido a concorrência da CIA em 2013 e ter sido certificada antes que a Microsoft no mais alto nível de habilitação de segurança. Conhecido como JEDI (Joint Enterprise Defense Infrastructure), o contrato de 10 anos e até US$ 10 bilhões dará à Microsoft a oportunidade de implantar sua nuvem Azure para modernizar os sistemas de TI do Pentágono. 

O curioso é que as duas empresas acabam de reportar desaceleração de seus negócios de nuvem. A taxa de crescimento da receita da Amazon Web Services caiu para 35%, ante 37% no último trimestre, com US $ 9 bilhões em receita. E a taxa de crescimento da receita da Azure caiu para 59%, ante 64% no último trimestre, embora a empresa não divulgue números específicos de receita para esse negócio. Nos dois casos, os analistas de Wall Street disseram que esses números não contavam a história toda e permanecem otimistas.

As estratégias para voltar crescer são consideradas corretas.

OFERECIMENTO EMBRATEL

 

Projetos de IoT devem priorizar a segurança

A adoção da Internet das Coisas (IoT) e do 5G vai impactar a sociedade como um todo, por trazer melhor velocidade de transferência dos dados, baixa latência e confiabilidade. Mas as duas tecnologias emergentes exigem também um investimento maior: segurança.

 

Inteligência Artificial não é um milagre

Um debate reunindo especialistas em IA durante a Futurecom coloca em persperctiva os reais desafios das empresas que buscam entender o papel da Inteligência Artificial em seus negócios. Um insight importante: é preciso tempo, paciência, integração entre as áreas e clareza do problema que se quer resolver.

  • IA e os negócios. Processamento de Linguagem Natural pode aumentar índice de satisfação do consumidor. Confira 4 negócios que tecnologia pode impactar positivamente.
     
  • IA e a privacidade. A personalização é muito importante no atendimento ao cliente, mas é preciso cuidar da privacidade. 3 dicas para utilizar o Machine Learning sem comprometer os dados dos usuários.
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