25/11/19 | Ver no browser

Para entender a ruptura é preciso contexto

OFERECIMENTO
Contém 60 fontes de informação. Tempo de leitura: 12 minutos

Vigie os sinais. Ou morra ignorante

Sua empresa é vigilante ou vulnerável? A diferença da resposta pode significar a prosperidade ou a morte, garantem George Day, professor emérito de marketing em Wharton, e Paul Schoemaker, professor da Universidade de Chicago e Wharton e fundador da Q2 Technologies, que lançaram recentemente o livro See Sooner, Act Faster How Vigilant Leaders Thrive in an Era of Digital Turbulence

Em uma era na qual a turbulência - ou a ruptura, como preferimos - é uma constante, não se trata apenas de ter uma liderança atenta aos sinais de mudança, mas de construir uma empresa vigilante - do board à mesa da recepção - capaz de antecipar ameaças, identificar oportunidades e agir rapidamente. Empresas vigilantes olham para todos os lados (porque nem sempre os sinais são óbvios), enquanto que as empresas vulneráveis perdem constantemente de vista os sinais que poderiam garantir sua transformação, garantem os autores. 

Exemplos não faltam no livro. Day e Shoemaker citam, entre outras miopias, o erro da Honeywell, que deixou de perceber a ameaça da Nest Labs (comprada pela Google) com seus termostatos inteligentes. E incluem acertos como os da Adobe e da Intuit, de mover seus negócios para a nuvem e apostar no modelo de SaaS; ou da MasterCard abraçando as oportunidades digitais no mercado de cartões. No total, foram 118 empresas diferentes analisadas ao longo de uma década para montar o que se propõe a ser um manual de vigilância em tempos disruptivos.

Mas como criar uma empresa vigilante? Transferindo as características individuais - curiosidade extrema, exploração, sinceridade, transparência - para toda a cultura corporativa. Só assim é possível captar até os sinais mais fracos e estar aberto a eles. "Descobrimos que sempre que uma organização se atrasava para captar um sinal fraco de ameaça ou oportunidade, alguém na organização sabia tudo sobre isso. Mas a equipe de liderança não sabia", diz George Day, em um podcast da Knowledge@Wharton que merece ser ouvido por completo. Seguem alguns trechos:

  • "Parece que as inovações digitais acontecem de repente, mas geralmente há um longo período de gestação. Há uma explosão exponencial se você tiver 20, 30 tecnologias que podem se unir. Portanto, você precisa se preparar para vários cenários e respeitar o fato de que nem todas as mudanças podem ser previstas analiticamente";
     
  • "Descobrimos que a vulnerabilidade começa no topo. É uma conseqüência da equipe de liderança ser orientada a curto prazo e permanecer dentro de seus familiares [ambientes]. Eles não saem dos limites de sua indústria. Eles não se desafiam".
     
  • "Você precisa de líderes que possam descobrir a paranóia fervendo sob a superfície e que procurem as razões pelas quais as coisas podem desmoronar. Esses líderes também devem estar dispostos a desafiar profundamente o modelo mental atual".
     
  • “O futuro prenuncia a si mesmo e existem muitos avisos, mas eles não são apresentados em uma bandeja de ouro.”
CONTEÚDO MUNDO+TECH  - EMBRATEL
 
O varejo embarca no omnichannel 

O consumidor espera muito mais do que apenas a integração entre lojas físicas e virtuais com as tecnologias de omnichannel. Pesquisas mostram que é no contact center que está a grande oportunidade de cuidar bem do cliente e resolver suas dores.

Novo mandato para executivos financeiros

CFOs são essenciais para o financiamento de negócios digitais, garante o Gartner.  Especialmente no que diz respeito à garantia de recursos para a inovação e o crescimento, definindo, medindo e demonstrando o valor das iniciativas digitais para os negócios. Para isso, é fundamental não adotar uma abordagem do tipo “esperar para ver” ou uma medida defensiva de corte de custos. Os executivos vencedores enfrentam mudanças de frente: financiam a inovação, transformam a estratégia e assumem riscos.
 
Seis tendências disruptivas podem ser transformadas pelos CFOs em oportunidades para expansão dos negócios, diz a consultoria: transformação dos negócios, concorrência no mercado, incerteza econômica, poder dos funcionários no mercado de trabalho, ineficiência de capital e confiança executiva. Juntas elas pressionam os CFOs a fornecerem o suporte diferenciado e proativo que suas organizações precisam. 
 
O maior diferencial dos CFOs de empresas em crescimento consistente é a disposição de usar a incerteza como uma oportunidade para acelerar iniciativas de crescimento, em vez de se concentrar apenas em medidas defensivas. O segundo é a visão diferenciada do ciclo de negócios. Enquanto a maioria das empresas opera dentro de uma mentalidade bidimensional, os CFOs bem-sucedidos enxergam ciclos de negócios compostos por quatro fases: crescimento estável, crescimento moderado e transição para recessão e recessão, que é seguida por uma nova fase de crescimento estável.

Botando pra quebrar... sem querer

É infalível. Qualquer apresentação ao vivo de uma nova tecnologia vai ter uma falha. O microfone vai desligar, a tela vai sumir, a luz do palco apaga, a conexão desaparece, o software "dá pau". Mas Elon Musk é Elon Musk e a falha, assim como as vitórias, precisa ser épica. Como foi na apresentação do SUV elétrico futurista da Tesla - que lembra um cruzamento de carrinhos Matchbox com os veículos voadores do Blade Runner. 
Franz von Holzhausen, projetista-chefe da Tesla, pediu ao chefe permissão para jogar uma bola de metal no vidro, que deveria ser à prova de balas. “Really?” disse Musk para, ato contínuo, ver o vidro se estilhaçar. “Oh my fucking God”, gritou. Para depois brincar que tem "espaço para melhorias". (O vídeo tem a apresentação completa. Os vidros se quebram aos 7 minutos.)
O SUV deverá entrar em produção em 2021 e vai custar US$ 39 mil. Com desenho esquisito e vidros quebrados, o SUV já recebeu 146 mil pedidos antecipados de compra, anunciou Musk alguns dias depois do fiasco em sua conta no Twitter.

O Algoritmo na Berlinda

O que acontece quando juntamos um advogado especialista em privacidade de dados (Bruno Bioni) e uma Jedi Analytics (Adriana Silva) para discutir algoritmos e Inteligência Artificial? O algoritmo na berlinda é o tema do novo episódio do podcast da The Shift, sobre os riscos dos vieses na hora de programar um mundo guiado por dados. 
Toda quarta-feira um episódio novo.

Para identificar os pagamentos instantâneos

Uma marca única vai identificar o padrão de QR code que será usado nos pagamentos instantâneos do Brasil, com o objetivo de acelerar sua adoção a partir de uma comunicação simples, clara e inequívoca, como a que acontece hoje com as bandeiras de cartão de crédito. Sem um nome curto e uma identidade visual de fácil identificação, mesmo à distância, é muito mais difícil fazer a nova opção de pagamento pegar, dizem os especialistas.
 
A convergência dos QR codes para o padrão definido para o arranjo de pagamentos instantâneos é fundamental para evitar a proliferação de códigos, explicou João Manoel Pinho de Mello, diretor de organização do sistema financeiro e de resolução do Banco Central.  Segundo ele, esse movimento é essencial para aumentar a eficiência no mercado.
 
A existência de uma marca única não impedirá a coexistência de marcas individuais. Esse é um ponto que o Banco Central pretende detalhar ao longo do próximo ano.
 
Além de aumentar a velocidade em que pagamentos ou transferências são feitos e recebidos, a implementação do ecossistema de pagamentos instantâneos no Brasil tem potencial de alavancar a competitividade e a eficiência do mercado; baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes; promover a inclusão financeira e preencher uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de pagamentos disponíveis atualmente à população.

Leve seu DNA para o supermercado

Sua lista de compras de supermercado nunca mais será a mesma. A startup DnaNudge, fundada pelo professor de engenharia biogenética Chris Toumazou, está desenvolvendo um jeito de usar a biologia e o mapeamento genético para orientar o consumidor a comprar alimentos que sejam compatíveis com seu código genético evitando agravar ou impactar eventuais problemas de saúde que ele possua.

A startup desenvolveu um kit de pulseira, leitor de DNA e app que ajudam na hora da compra. O filho de Tomasou inspirou a criação, já que ele tem um problema genético grave que afeta seus rins e que poderia ser ao menos contornado se a família soubesse antes da condição (incurável) e adotasse um estilo de vida compatível. Por enquanto a pulseira e o kit só podem ser comprados diretamente na flag ship store da companhia, em Londres, mas é possível se cadastrar para receber updates.

100 melhores invenções de 2019

A revista Time acaba de eleger as 100 melhores invenções deste ano, na opinião de seus colaboradores e editores. A revista avaliou cada candidato com base em fatores-chave, incluindo originalidade, criatividade, influência, ambição e eficácia.
 
A lista inclui produtos que estão tornando o mundo melhor, mais inteligente e até um pouco mais divertida e foi dividida em 20 categorias, incluindo realidade aumentada e virtual, eletrônicos de consumo, educação, sustentabilidade, transporte, etc.  Contempla de startups, como a Impossible Foods, a gigantes como a Apple, com o seu Apple Airpods Pro.
 
Saúde foi o segmento com maior número de indicações: 10, no total. Entre elas estão uma solução de ultrassom portátil, da Butterfly iQ e um algoritmo de detecção baseado em luz para examinar as mãos em busca de contaminação para ajudar a impedir a propagação de doenças transmitidas por alimentos.  Há também uma categoria de“ menções especiais ”, onde estão listadas várias invenções israelenses.

Diversidade e inclusão nas gigantes da Internet

Nenhuma empresa pode lidar sozinha com questões de diversidade e inclusão, por isso é importante mudar o foco nessa questão, como indústria, de uma lente competitiva para uma colaborativa, conclui o primeiro Diversity & Inclusion (D&I) Benchmark Report, da Internet Association, organização comercial que representa 45 empresas, incluindo as gigantes Amazon, Google e Facebook.  
 
O estudo analisou os esforços em torno de contratação e retenção, rastreamento de gastos com fornecedores de terceiros, desenvolvimento de grupos de recursos para funcionários (ERGs), recrutamento de faculdades e universidades historicamente negras (HBCUs) e a implementação da regra de Rooney.
 
De acordo com o relatório, apesar de 70% das empresas membros da organização já ter um chefe de D&I nomeado, as empresas continuam lutando para reter talentos de grupos sub-representados. A boa notícia é que à medida que as empresas amadurecem, a representação de mulheres aumenta.
 
Membros da IA reconhecem que ainda há muito trabalho a ser feito para tratar dessa importante questão e prometem continuar investindo em recursos e parcerias para ajudar a promover a diversidade e a inclusão da força de trabalho.

O garimpo da semana

  • O governo brasileiro acaba de criar um Comitê Nacional de Iniciativas de Apoio a Startups, reunindo 10 órgãos com o objetivo de unificar as políticas voltadas ao fomento de empresas iniciantes de base tecnológica. Entre eles, os ministérios de Economia e de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Banco Central, BNDES, CNPq, Embrapa, Finep, ABDI, Apex e Sebrae.
     
  • A Singularity University confirmou que terá em São Paulo seu primeiro campus da América Latina. Será no CITI - Centro Internacional de Tecnologia e Inovação, que pretende ser vale do silício brasileiro. A expectativa é a de que seja implantado ainda em 2020.
     
  • A Loon, subsidiária do Google que usa balões para fornecer acesso à internet, vai começar a operar na Amazônia — no lado peruano. Uma parceria que envolve o Banco Interamericano de Desenvolvimento, a Telefónica e o Facebook para levar acesso para populações empobrecidas e isoladas. O plano é alcançar, a partir do ano que vem, algo como 200 mil pessoas que hoje estão em grande parte desconectadas.
     
  • CRISPR elimina sintomas de doença genética em dois pacientes. Mas é muito cedo para confirmar a cura.
     
  • O Project Debater, sistema da IBM que protagonizou o primeiro debate homem x máquina no início deste ano, voltou a encarar um oponente humano, desta vez na Universidade de Cambridge,  em um desafio sobre se a Inteligência Artificial traria mais mal do que bem ao mundo.
     
  • A Shell pretende usar 1 milhão de toneladas de resíduos de plástico para produzir produtos químicos industriais em todo o mundo até 2025. A empresa fechou uma parceria com a Nexus Fuels, com sede em Atlanta, para decompor plásticos difíceis de reciclar em uma matéria-prima líquida, que pode ser usada em vários processos industriais. A técnica, conhecida como pirólise, é considerada uma inovação para plásticos de difícil reciclagem.
     
  • Você sabe o que é um analista de inteligência de ameaças? A CompTIA acredita que a sua empresa ainda terá um!
     
  • O número de CVCs e negócios ativos é o mais alto de todos os tempos, mas o desafio de medir o impacto estratégico e financeiro do capital de risco corporativo persiste. Quantos desses novos CVCs resistirão ao teste do tempo? É o que tenta responder esta pesquisa da CB Insights.
     
  • Nova análise do think tank DC Brookings sugere que trabalhadores de colarinho branco altamente qualificados estarão entre os mais atingidos pela automação artificialmente inteligente. 
     
  • Drones são máquinas incrivelmente úteis no ar, mas fazê-los voar pode ser complicado, especialmente em cenários lotados, com muito vento ou de emergência, quando a velocidade é um fator impprtante. Mas um grupo de pesquisadores da Universidade Caltech e do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA apresentou uma solução elegante e divertida: atire a maldita coisa de um canhão.
     
  • A Sony anunciou um braço de IA que trabalhará em projetos de P&D em jogos, imagens e sensores e gastronomia. 
     
  • O mercado alternativo de proteínas está se expandindo rapidamente e pode chegar a US $ 140 bilhões nos próximos 10 anos.  E essas empresas estão liderando.
     
  • MarTech e Ad Tech em mercados públicos bombando no State of Digital Marketing de 2019, com as duas categorias sendo negociadas coletivamente acima do índice geral.  O estuda da Luma oferece considerações relevantes também sobre o ecossistema, incluindo a convergência contínua de TV e Digital, as implicações do aumento do escrutínio técnico em dados e privacidade e uma exploração do estado dos CDPs.
     
  • A nova caminhonete da Tesla não agradou muito aos críticos e ainda arrancou risos por ser chamada de “Cybertruck”. Há quem diga parecer um acessório de um filme de Jean-Claude van Damm dos anos 80. Quem desdenha quer comprar? Muito do que a Tesla faz é moldado pelo fato de estar imersa em um setor altamente intensivo em capital e usar o design de produto como uma ferramenta de marketing.
     
Recebeu e ainda não é assinante? Assine agora!
Conheça nossa proposta de jornalismo.
Veja aqui nossa Política de Privacidade.
Divulgue Divulgue
Tuíte Tuíte
Recomende Recomende
Compartilhe Compartilhe
Nosso LinkedIn Nosso LinkedIn
Nosso Twitter Nosso Twitter
Edições Anteriores Edições Anteriores
Copyright © 2019 The Shift, Todos os direitos reservados.