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Dominando a Transformação digital

  Gêmeos digitais reinventam a inovação

Gêmeos digitais podem desempenhar um papel fundamental na melhoria das operações da empresa e na eficiência geral. Rapidamente estão se tornando essenciais para a interoperabilidade, permitindo que máquinas e pessoas se comuniquem e promovam a transparência criando uma cópia virtual do mundo físico. E começando a desempenhar papel fundamental na melhoria das operações das empresas e na eficiência geral, já que permitem que uma organização teste cenários várias vezes até que o desempenho ideal seja alcançado, tanto para as circunstâncias atuais quanto para as possíveis.
 
Ao serem capazes de simular mudanças radicais nas operações, as empresas podem testar o que antes não se pensava ser possível, resultando em níveis inacessíveis de eficiência. Mais do que isso, os gêmeos digitais também permitem que as organizações preparem e mitiguem os piores resultados por meio dessas simulações. E não só na manufatura.Espera-se que o setor de saúde garanta uma participação considerável no mercado nos próximos anos, graças ao surgimento de técnicas avançadas de visualização e análise de dados.   
 
Digital Twins também podem transformar um local de trabalho obsoleto em um ambiente dinâmico, moderno e contínuo, reunindo informações e dados de várias fontes diferentes e produzindo um modelo contextual, que pode ser usado para otimizar as condições e permitir que os funcionários interajam com seus espaços.
 
Mas para obter todos os benefícios do gêmeo digital, as organizações devem vê-lo de diferentes perspectivas - uma perspectiva do produto, com foco nas propriedades do produto em operação; uma perspectiva de operações, com foco em ideias; e, finalmente, uma perspectiva da experiência do usuário, com foco em como o usuário final interage com o produto, fornecendo insights profundos sobre projetos e inovações futuras.
 
Pesquisas recentes da Markets and Markets estimam que o mercado de gêmeos digitais atinja US$ 35,8 bilhões em 2025. O que explica esse tipo de crescimento? E por que agora?  Porque os casos de uso começam a diversificar. 

Organizações de diversos setores podem explorar oportunidades de uso de gêmeos digitais para otimizar processos, tomar decisões baseadas em dados em tempo real e projetar novos produtos, serviços e modelos de negócios, como mostra a Deloitte. Desde parques eólicos à modernização da agricultura e teste de smartphones e melhoria dos serviços, não há realmente nenhum limite para o uso de gêmeos digitais.

A força de trabalho deve mudar

A segunda quinzena  de Março foi devastadora para o mercado de trabalho norte americano, segundo dados do LinkedIn. A plataforma mede a procura por profissionais e detectou mudanças expressivas na demanda em seu mais recente Workforce Report. As taxas de contratação caíram nas 20 cidades analisadas. Em quatro cidades - Detroit, Filadélfia, Los Angeles e Nova York – mais de 10% na variação mensal. O gráfico é desolador. Se você já havia se assustado com o gráfico de desempregados em busca do seguro, esse é ainda mais preocupante.
 
Até agora, no entanto, a queda da taxa de contratação nos EUA (- 1,1% em relação ao ano anterior e a maior em mais de quatro anos) não foi tão ruim quanto na Itália, França e China, que instituíram bloqueios completos em todo o país. Embora suspeitemos fortemente que há dias mais desafiadores pela frente, há um vislumbre de esperança: os dados de contratação na China continuam a subir.
  • As indústrias mais atingidas são, sem surpresa, aquelas dependentes de contato pessoal próximo ou afetadas por fechamentos de saúde pública: recreação e viagens (-22,2% M / M SA), bem-estar e educação física (-20,9%), organizações sem fins lucrativos (-20,6%) , Educação (-18,9%), Varejo (-18,6%) e Entretenimento (-17,8%). Também houve um declínio significativo nos setores em que as compras de itens maiores podem ser adiadas: Imóveis (-19,7%), Bens de consumo duráveis ​​(-19,7%).
     
  • As indústrias mais resilientes estão na linha de frente dessa pandemia e são essenciais para apoiar as necessidades de saúde e infraestrutura. Houve aumento na demanda por trabalhadores em funções como psicólogos e motoristas de entregas.
     
  • Também foram registradas pequenas quedas nas taxas de contratação em Software e Serviços de TI (-0,8%), Segurança Pública (-1%) e Jurídico (-1,2%). 
"Acontece que o tipo de trabalho que a economia precisa que seja feito agora é incompatível com a ocupação das pessoas antes da epidemia", explicou Guy Berger, economista do Linkedin, ao Protocol. E essa deve ser um tendência que deverá abranger todo o mundo.

Insights: Keiji Sakai

Onde aplicar Blockchain, além do mercado financeiro?  

Keiji Sakai tem 30 anos de experiência na área de tecnologia da informação, sendo os últimos 15 anos como CIO e diretor de TI em inúmeras multinacionais financeiras no Brasil, incluindo os bancos JP Morgan, HSBC, Deutsche Bank e Unibanco. Atualmente exerce a função de diretor geral da R3 no Brasil. Uma de suas missões é evangelizar o mercado para o uso da plataforma de blockchain open source Corda, desenhada especificamente para atender negócios que operam em setores com um ambiente regulatório complexo, como o financeiro, claro, mas também em Saúde, Comércio e indústrias de modo geral.
 
Quando assumiu as operações da R3 aqui, sua expectativa era a de que o blockchain ia estourar no país e no mundo. Estourou no mundo, mas no Brasil a adoção ainda está um pouco lenta, principalmente em comparação com Ásia e Europa. “Estamos um ano atrás deles em termos da discussão com as áreas de negócios para identificar os benefícios da tecnologia”, diz.
 
E um bom caminho para mudar esse cenário é focar em como resolver problemas que ainda não foram resolvidos encontrando oportunidades de uso da tecnologia. Confira.
 
“Corda é a terceira geração de blockchain. A primeira foi a de bitcoin, a segunda foi de processamento de smart contracts e de redes permissionadas (fechadas) e a terceira criou a privacidade e interoperabilidade entre as redes. Corda foi construída para atender a privacidade da informação e só distribuir o dado para quem estiver autorizado a vê-lo.

Um dos casos mais bem sucedidos é em trade finance (comércio exterior) porque a troca de documentos é tão grande que demora de 5 a 10 dias para concretizar a formalização. Com o blockchain isso se resolve em algumas horas.

Em vários setores o volume transacional aumentou muito. E tem muita ineficiência em todo o mercado. Principalmente se a gente for pensar em troca de informações. Há muitos processos totalmente desconectados. Temos várias maneiras de nos comunicarmos mas nenhuma maneira que integre tudo o que precisa ficar documentado. A partir o momento que se cria um processo de distribuição de informações via blockchain, ele fica muito mais fácil de ser rastreado.

Em todos os setores onde  os  processos ainda são muito baseados na troca de documentos e informações o blockchain se aplica.

A área de seguros, por exemplo, percebeu rapidamente as vantagens de se adotar uma tecnologia de distribuição de informação que gera agilidade e elimina papel. O consórcio B3I, que reúne seguradoras e resseguradoras globais é um caso exemplar.  Ela começou o desenvolvimento da solução dela em Hyperledger Fabric, mas por causa daquestão de requisitos de privacidade nativos do Corda, mudou.
 
A mesma solução que a B3I está criando poderia ser aplicada, por exemplo, a prontuários médicos, e outras aplicações de Healthcare. Não é um mercado que estejamos focados no Brasil. Mas temos um grupo fora trabalhando nessa área. Aqui estão olhando muito para a área de supply chain, energia e telecomunicações. Estamos com um case bem interessante em um marketplace de commodities. E o CPqD  desenvolveu uma solução de identidade digital soberana que parece ser muito promissora.

O que a gente promove é eficiência, a redução de custo é consequência. 

Não digo que o uso de blockchain é barato, mas a tecnologia em si é mais barata, comparativamente, ao investimento que precisa ser feito em storage, servidor, processador… O blockchain provoca essa discussão: por que preciso disso? Como fazer de maneira segura? Como manter a integridade das informações?

Os bancos são um bom exemplo de aplicação que gerou redução de custos. A tecnologia pode reduzir, em média, 30% dos custos de infraestrutura de oito dos dez maiores bancos de investimento do mundo, segundo um estudo da Accenture. A aplicação do blockchain pode trazer uma economia de até US$ 12 bilhões anuais para as instituições financeiras.

Inteligência coletiva e inovação aberta

Com tantos mapas sinalizando casos de Covid-19 ao redor do mundo, é uma alegria ver um mapa que mostra recursos no mundo inteiro voltados para agregar conhecimento coletivo e esforços no desenvolvimento de projetos para combater a pandemia. O mapa é parte da iniciativa de Open Innovation da Dassault Systèmes, chamada Open Covid-19, que reúne fabricantes, cientistas, makers e fabbers (pequenos fabricantes, os fablabs, com grande conhecimento em impressão 3D) em uma comunidade para desenvolver soluções para problemas críticos do momento, como impressão 3D de peças de reposição ou design rápido para manufatura de máscaras ou respiradores para hospitais locais.
No mapa você consegue localizar fablabs, hospitais e criadores, e na comunidade há bases de conhecimento, dados, projetos de partes e peças e especialistas trocando informações.

A união faz a força também no blockchain

Em resposta ao Covid-19, as empresas de tecnologia aumentaram as colaborações em tecnologias inovadoras, como a blockchain. Neste momento crítico de uma pandemia global, a tecnologia pode fornecer aos pesquisadores uma plataforma de dados forte e confiável para estabelecer uma rede autônoma e descentralizada, ponto a ponto.
 
IBM, Oracle, Microsoft e outros grandes players se uniram para ajudar a integrar dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças).  A plataforma MiPasa agrega e reconcilia dados de várias fontes para integrar dados em escala para pesquisadores e cientistas.
 
Outra aliança liderada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) trabalha na plataforma David-19, que vai permitir que os cidadãos possam ajudar o governo a rastrear os dados sobre a pandemia, sem expor seus usuários. A empreitada conta com o apoio da Everis, IOVlabs e World Data.
 
Separadamente, estão surgindo vários sistemas de monitoramento baseados em blockchain, como o VirusBlockchain, do Public Health Blockchain Consortium (PHBC), implantado para identificar e monitorar zonas livres de Covid-19

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