Para entender a ruptura é preciso contexto


01/03/2019

IoT vira canal de marketing digital

Todos os anos, a equipe de analistas do Altimeter Group prevê tendências digitais que terão o maior impacto nos negócios. Em 2019, as tendências apontadas por Brian Solis e seus parceiros Charlene Li, Omar Ahktar e Susan Etlinger, giram em torno dos esforços dos CMOs e dos CIOs para inovar na experiência digital dos clientes, em todos os pontos de contato.

Eles acreditam no alinhamento de tecnologias modernas e recursos avançados para impulsionar os negócios. Com avanços incríveis em IA, Machine Learning, análises em tempo real e Internet das Coisas, a meta passou a ser converter insights de clientes com recursos operacionais avançados para entregar valor personalizado em tempo real durante toda a jornada do cliente e ciclo de vida dos produtos e serviços.   

Até agora, os dispositivos conectados / inteligentes foram ótimos para transmitir os dados dos clientes de volta à marca, mas em 2019 veremos muito mais mensagens bidirecionais ocorrendo nos dispositivos. Mesmo depois da compra, as marcas poderão continuar a enviar mensagens aos clientes por meio de dispositivos conectados ou aplicativos móveis sincronizados com esses dispositivos conectados.

Em breve, um produto será gerenciado a partir da mesma pilha de marketing multicanal, como e-mail, web e mídia social. Para adequar a mensagem, os “Mad Men” vão realmente começar a contratar os “Homens de Matemática”, capazes analisar dados coletados de várias fontes.

Mas em vez de apenas mapear e gerenciar os pontos de contato na jornada do cliente, os profissionais de marketing estarão procurando por “pontos de confiança”, aqueles lugares onde a confiança pode ser criada e aprofundada. O marketing de influência terá uma importância maior, especialmente aqueles influenciadores pessoais - amigos e família - que são os mais difíceis de encontrar e ativar.

Por falar em Brian Solis, o principal analista da Altimeter lança, agora em Março, no SXSW 2019, o livro  Lifescale: How to Live a More Creative, Productive and Happy Life. (Vídeo).  “Lifescale é uma jornada para nos trazer de volta ao equilíbrio e nos ensinar como ser um pouco mais criativo, especialmente na era da aprendizagem de máquina e da IA”,  diz Solis sobre a obra.

Millennials e Geração Z no trabalho

Representantes das gerações Millennials (nascidos entre 1980 e 1994) e Z (nascidos entre 1995 e 2014) podem mudar bastante o cenário da força de trabalho no Brasil com seus novos comportamentos. Duas pesquisas publicadas na semana passada, feitas com estudantes e jovens profissionais locais, confirmam que as empresas tradicionais vão ter de trabalhar duro para segurar ou atrair esses grupos.

Um primeiro indicador, que aparece em uma pesquisa encomendada pelo fundo de investimentos Canary à startup Spry, é a atratividade das startups como futuro local de trabalho para universitários brasileiros. 37% dos alunos de faculdades de primeira linha querem mesmo é trabalhar em startups e, muitos deles, na própria startup.

A pesquisa da  Canary ouviu 357 alunos de universidades como USP, Unicamp, PUC-RJ, Insper e FGV. Enquanto 21,3% dos entrevistados disseram querer montar uma startup, outros 23,2% afirmaram que desejam trabalhar em uma startup. 

E para os que querem trabalhar com tecnologia, a saída parece ser o aeroporto. Uma pesquisa encomendada pelo Indeed, maior site global de busca de empregos, à Toluna Insights, ouviu mais de 1.000 brasileiros, e descobriu que 51,1% dos entrevistados com idades entre 18-34 acredita que precisa se mudar para o exterior para trabalhar com tecnologia e ter sucesso. O número fica ainda maior (66,6%) quando se trata da população com menos de 18 anos. 

52 formas da I.A dar errado

Um relatório apocalíptico sobre os riscos da Inteligência Artificial foi montado pelo CB Insights com opiniões de 52 especialistas e personalidades globais, entre eles Stephen Hawking, Vladimir Putin, Teresa May, Tim Cook, Sundar Pitchai e Satya Nadella. Como a I.A é inevitável, a ideia é antecipar os problemas possíveis.

Os riscos estão classificados em cinco categorias: Comportamento imprevisível; Instabilidade política e guerras; Impactos sociais e éticos; Superioridade sobre a inteligência humana e mudança na força de trabalho. A Lei de Murphy diz que se alguma coisa pode sair errado certamente sairá, então melhor prevenir do que ter de remediar uma sociedade distópica. 

Negociação virtual avança nos bancos brasileiros

Um relatório sobre o uso de canais digitais nos bancos brasileiros para facilitar e acelerar a negociação de dívidas com os clientes é tema da primeira edição de 2019 da Revista CIAB, produzida pela Febraban. Os canais virtuais para negociação já respondem por 40% dos acordos feitos para quitar dívidas e podem superar os canais físicos em dois anos.

As parcerias com fintechs têm impacto relevante nessa mudança, já que levam agilidade para dentro dos bancos tradicionais. A lista de startups que trabalham com a intermediação dos acordos inclui empresas como Quero Quitar, Acordo Certo, Adimplere, e BLU365 (antiga Kitado).

Netflix hacking Hollywood

A Netflix bem que tentou hackear Hollywood e levar um Oscar de Melhor Filme com Roma, longa-metragem produzido por ela e dirigido por Alfonso Cuarón, mas perdeu para Green Book. Se tivesse conseguido, a Netflix teria vencido a queda de braço com a indústria tradicional de cinema, avessa às plataformas de streaming como produtoras, e feito valer os impressionantes US$ 7,3 milhões que gastou em publicidade desde o início de dezembro.

Não ganhou, mas também não saiu de mãos vazias e deu mais um passo na direção da quebra dos tabus: Roma levou os Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Fotografia e Melhor Diretor (o segundo da carreira do diretor mexicano, que tinha levado o primeiro em 2014 com o filme Gravidade). E a Netflix ainda levou mais um Oscar, de melhor curta-metragem com outra produção sua, o curta Period. End of Sentence, sobre o tabu da menstruação na sociedade indiana.

Para ficar dentro das regras da Academia, que exigem que um filme tenha estreado nos cinemas americanos para competir, a Netflix fez um lançamento de curto prazo (3 semanas) para Roma em algumas salas antes de começar a liberar na plataforma de streaming. E usou toda força de compra de publicidade no período-chave das votações para chamar atenção para o filme. Fez o mesmo com Bird Box, longa estrelado por Sandra Bullock, e The Ballad of Buster Scruggs.

A Netflix está se movendo para produzir e controlar seu próprio conteúdo original seja para TV ou cinema e não desiste de ser reconhecida pela indústria tradicional por isso. Agora bancou um drama sobre a máfia, dirigido por Martin Scorsese, chamado "The Irishman", que já entrou na disputa por possíveis indicações ao Oscar em 2020. 

As 5 grandes revoluções da tecnologia na saúde

Em 2035, a Organização Mundial da Saúde estima que o mundo enfrentará a escassez de 12,9 milhões de profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e outros profissionais). As aplicações de tecnologia e Inteligência Artificial podem ajudar a cobrir essa carência de diferentes formas.
A Online Medical Care reuniu em um infográfico as 5 vertentes mais revolucionárias para a saúde, desde desde I.A para diagnósticos mais rápidos e mais precisos, uso de robôs em cirurgias, nanomedicina, VR e impressão 3D. Belíssimos gráficos, dados muito relevantes.  

Para aproveitar com calma

  • Por falar em nanomedicina, um estudo da Grand View Research mostra que o mercado global de nanotecnologia aplicada à saúde vai valer US$ 350,8 bilhões em 2025. O relatório completo custa US$ 5 mil, mas você pode ler um bom resumo aqui.
     
  • Precisamos falar sobre I.A é o nome do curta-metragem de 4 minutos produzido pelo futurista e humanista Gerd Leonhard, autor do livro ‘Technology vs Humanity’. Defensor de que é preciso abraçar a tecnologia sem perder a humanidade, Gerd faz boas provocações no vídeo, disponível no YouTube.
     
  • O homem que se vinga dos spammers. E dos golpistas online. Esse é James Veitch, comediante inglês, autor do livro "Dot Con" e famoso por RESPONDER a todos os e-mails com golpes online ou spams. Sua apresentação na conferência TED é clássica. Assista a versão integral, sem edição. 
     
  • Gosta da Wikipedia?  Que tal colaborar na campanha anual de doações da Wikimedia Foundation e garantir que a maior enciclopédia da história da humanidade continue ativa e funcionando? Doações começam em US$ 5 e você ainda recebe uma carta muito gentil de Katherine Maher, diretora executiva da fundação, sobre o destino do dinheiro.

Se para você essa é a primeira The Shift, clique aqui para ler as anteriores. Conheça nossa proposta de jornalismo. Indique para amigos, usando esse link

Share
Tweet
email
Copyright © 2019 The Shift, Todos os direitos reservados.


Quer mudar a forma como recebe nossos emails?
Você pode atualizar suas preferências ou descadastrar-se da lista.

Email Marketing Powered by Mailchimp