Em sentido contrário, há quem lute contra a desumanidade. Em Barcelona, a Fundação Arrels (que luta pela integração social dos sem-abrigo) e a agência publicitária McCann desenvolveram o projeto Homeless Fonts, que vende tipos de letra criados por sem-abrigo. Em São Francisco, nos Estados Unidos, o projeto Lava Mae está a reutilizar autocarros e a transformá-los em chuveiros ambulantes para as pessoas sem teto.
Mais de 1300 trabalhadores juntaram-se sábado passado numa convenção nos arredores de Chicago, Estados Unidos da América, para discutir o futuro de uma campanha por melhores direitos laborais que se tem vindo a disseminar por dezenas de cidades norte-americans, nos últimos dois anos.
Estas mobilizações, já comparadas ao movimento dos direitos civis, levaram trabalhadores de fast-food de todo o país a votar a subida dos salários para $15/hora (cerca de 11 euros) e filiação sindical, usando a desobediência civil não-violenta.
Vários têm sido os relatos das condições de vida a que são sujeitos estes trabalhadores, como o de Cherri Delisline, mãe de quatro crianças, que trabalha há 10 anos no McDonald’s a receber $7.35 (cerca de €5,5) à hora. Talvez por isso, seja uma das principais líderes dos protestos e explique o que a motiva a lutar com tanta determinação.
Um estudo do Banco Central Europeu concluiu que o peso da fortuna dos mais ricos ainda é maior do que se julgava. Em Portugal, para o qual o Instituto Nacional de Estatística não publica o peso dos rendimentos e da riqueza dos 1% mais ricos, é interessante verificar que o inquérito realizado pelo BCE calcula que esta parte da população detém 21% da riqueza total. O estudo agora publicado revela que o número mais próximo da realidade poderá estar situado entre 25% e 26%. No que diz respeito aos 5% mais ricos – que nos EUA detém perto de 60% da riqueza – Portugal regista nos inquéritos 41%, que sobe na análise deste estudo para um valor entre 44% e 45%.
Entre os nove países da zona euro analisados, Portugal é o terceiro país com uma maior concentração da riqueza, apenas atrás das Áustria e da Alemanha.
A Plataforma Transgénicos Fora denunciou ontem a comercialização de farinha com milho geneticamente modificado (da marca P.A.N) em duas cadeias de hipermercados (Continente e Froiz), apelando aos consumidores para que boicotem este produto. Ainda que estes hipermercados tenham instituído como políticas internas a exclusão dos transgénicos nos produtos de marca própria, nem um nem o outro reconheceu a necessidade de estender tal garantia aos restantes alimentos à venda. Estas farinhas e sêmolas apresentam um potencial de risco para a saúde, como alergias, "muito superior" a outros produtos como os óleos, uma vez que contém "todo o DNA e proteína transgénica oriundo dos grãos originais", alerta a plataforma.
Documentos enviados à Comissão Europeia pela AquaFed, Federação internacional de Operadores Privados de Água, denunciam preocupação com a iniciativa cidadã pelo direito à água e ao saneamento básico
VER
"7 days of garbage"
O fotógrafo Gregg Segal decidiu transformar os números do lixo produzido por cada cidadão norte-americano em imagens. Em média, são quase dois quilos de lixo por dia. A série "7 Days of Garbage" revela amigos, vizinhos e conhecidos deitados no monte de lixo que os próprios "criaram" durante uma semana.
Algumas imagens deste projeto fotográfico podem ser vistas aqui.
VÍDEOS
Esta semana, uma selecção de documentários sobre consumo e o impacto que tem no meio ambiente.
ADDICTED TO PLASTIC é um documentário sobre as soluções para a poluição do plástico. Três anos de filmagens em 12 países, 5 continentes, incluindo duas viagens para o meio do Oceano Pacífico, mostram onde os restos de plástico se acumulam. O filme detalha a história do plástico ao longo dos últimos 100 anos e oferece uma riqueza de entrevistas com especialistas sobre soluções práticas para reciclagem, toxicidade e biodegradabilidade.
Agora que foi revelado o primeiro mapa global do lixo plástico nos oceanos, importa ver este documentário de 2008. Filme completoAQUI.
“The Light Bulb Conspiracy - A conspiração da lâmpada” da realizadora Cosima Dannoritzer. Antigamente, os produtos eram feitos para durar mas, na década de 1920, surgiu o conceito de "Obsolescência Programada", a par do aparecimento de um cartel mundial que visava reduzir o tempo de vida da lâmpada incandescente. Este conceito viria a mudar para sempre a nossa forma de consumo. A sociedade do crescimento floresceu, toda a gente tinha tudo, o lixo foi-se acumulando (de preferência longe, em lixeiras ilegais nos países em desenvolvimento), até que os consumidores começaram a revoltar-se....Filme completo:AQUI
Trabalho Digno Para Todos é uma campanha do Conselho Nacional da Juventude que insta o Governo a tomar medidas mais efetivas na integração dos jovens no mercado de trabalho e onde são divulgados os estudos, estatísticas e propostas do CNJ sobre a área do Emprego.
A 1 de Outubro termina o prazo de entrega de candidaturas a este Programa da UE que tem com objetivo estimular o sentido ativo de cidadania, a solidariedade e tolerância entre os jovens europeus.