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#25 Do nada descobre-se tudo

Tiago Fortuna

“Ele, o nada, no seu nadificar, remete-nos justamente para o ente.”
- Martin Heidegger, Ser e tempo

Olá! 

É com a citação acima que degelo caracteriza o tema “Nada”, que integra esta edição de NUCLEAR e também lhe dá título: “Do nada descobre-se tudo”. degelo é o projecto musical de Pedro Ruela Berga, artista e estudante de mestrado em filosofia, que assina a carta publicada em culturanuclear.pt esta semana. Foi a partir das reflexões estimuladas por Pedro Ruela Berga, tanto na música como na escrita, que surgiram as canções a integrar o episódio.

A banda-sonora divide-se entre a pop, dura e intemporal, com temas de Beyoncé, Depeche Mode e Eurythmics, o ambient post-rock de degelo, e o indie rock de Radiohead e Bon Iver.

Uma das razões porque NUCLEAR existe é pela dedicação incansável do Pedro, que me guiou em muitos momentos desta jornada. Dedico-lhe este episódio. Dedico-o também aos desafios que a amizade nos traz, sempre que nos atira para fora da zona de conforto e nos faz sentir vivos.


Novo episódio já disponível. As referências ficam abaixo e em www.culturanuclear.pt. Podem ainda encontrar o projecto na Comunidade Cultura e Arte. Fiquem connosco! 

Ouvir episódio

NUCLEAR é uma plataforma de energia cultural em que se pensa e fala sobre diversas artes, mas, sobretudo, ouve-se música. Existe tanto espaço para dançar como para chorar, tomando abrigo na liberdade que a cultura nos dá. 

CARTAS: “No princípio era o místico - Uma dedicatória a Wittgenstein” por Pedro Ruela Berga

Ler Carta completa

“Saltar de pára-quedas, chegar ao cimo de uma montanha, um horizonte, um mergulho, um sorriso, uma palavra. Estar vivo é estar a braços com uma dimensão assoberbadora. A sua tentativa de descrição leva a um êxtase, um empurrão do diafragma que não solta palavra nenhuma. E ainda assim, de alguma forma, todos sabemos do que se fala.

Há, contudo, uma espécie de impulso para a dominância, uma vontade de controlo da realidade, que se manifesta de diversas maneiras. Na ciência, na política, há um projecto constante de explicação, previsão e de mutação da natureza. Esse impulso invade-nos e torna-se a nossa forma habitual de pensar - a racionalidade, a justificação, o discurso fundamentado.

Quase que conseguimos acreditar que esse é o modo correcto de estar. Agarramo-nos a ele com unhas e dentes. Tudo faz sentido, excepto quando não faz. Há experiências que cortam pela raiz estes fundamentos, que levam tudo consigo como um maremoto. Para o bem e para o mal são esses eventos que nos colocam em contacto com o absolutamente não-fundamentado.”


Foto: Direitos Reservados

Pedro Ruela Berga frequentou uma licenciatura em filosofia na FCSH e está neste momento a tirar o mestrado. Procurou estabelecer pontos de contato com o estudo no domínio da comunicação e das organizações, área em que tirou uma pós-graduação, e trabalhou como assessor de imprensa (em particular na área da música e da literatura). Procura constantemente colocar em prática, relacionar e expandir os seus conhecimentos filosóficos, não só no âmbito profissional, como na produção de conteúdo artístico (cinema, B.D., música e fotografia). Recentemente ganhou coragem e começou a tornar as suas canções públicas através do projecto degelo.

VER

“À minha imagem” de degelo

LETRA

“Philosophize your figure

What I have and haven't held”

“8 (circle)”, Bon Iver (2016)

 

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